terça-feira, 2 de abril de 2013

TIMQUA na 11ª FEBRACE

    Entre os dias 11 e 15 de março de 2013, o projeto TIMQUA esteve presente na 11ª edição da maior Feira Brasileira de Ciências e Engenharia - FEBRACE, realizada no campus da USP, em São Paulo.
     O evento reuniu  330 projetos de pesquisa de mais de mil municípios brasileiros. Entre eles, trabalhos de inovação tecnológica, engenharia, biologia, saúde e meio ambiente e tecnologias. Nos estandes da feira, foi possível perceber diferentes sotaques, projetos inovadores e a busca por soluções para problemas do cotidiano.

Participação na 11ª FEBRACE, em São Paulo
     
      Acredita-se que a participação do projeto em uma feira como esta lhe renderá muitos benefícios. O projeto recebeu várias sugestões, incentivo para continuar e até mesmo ideias que possivelmente serão implementadas. Percebeu-se que sempre há o que melhorar, independente da situação em que o projeto de pesquisa se encontra sempre podemos fazer mais.

Projeto TIMQUA

     “Participar da FEBRACE foi uma experiência incrível, que vou levar para a vida toda”, considera Patrícia Stahl, integrante do projeto. Para ela, além da possibilidade de expor o trabalho, a oportunidade de conhecer pessoas de todo o Brasil foi interessante. Vitória Schwingel, também integrante do projeto TIMQUA, compartilha a opinião da colega e destaca o conhecimento adquirido em São Paulo. “Tem projetos que solucionam problemas que nunca imaginei que pudessem ser problemas”, afirma.

Integrantes do projeto: Patrícia Stahl e Vitória Schwingel

        A importância da iniciação científica já no ensino médio também foi lembrada no discurso do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, durante a cerimônia de premiação da mostra, na sexta-feira (15). Segundo ele, feiras de projetos científicos são cruciais para o desenvolvimento do país. “Eventos desse tipo manifestam o quão é importante é o conhecimento para a sociedade. O Brasil precisa de cientistas”, defendeu. 

Estande do projeto TIMQUA na FEBRACE 11


Mais informações sobre a participação do projeto na FEBRACE 11 acesse: http://www.venancio.ifsul.edu.br

Desenvolvimento de novo protótipo do mini-exaustor


Desenvolveu-se um novo protótipo de mini-exaustor a fim de coletar os dados.



      Naturalmente as partículas em suspensão no ar tendem a se depositar sobre as superfícies, o principal objetivo dos mini-exaustores é concentrar e acelerar esta deposição otimizando o processo para que se possa analisar os filtros de papal no laboratório da escola. Os exaustores estão em etapa de pré-teste.
      Os resultados ainda não foram avaliados devido a não conclusão do laboratório de biologia/química.



*Ação do projeto realizada em dezembro de 2012 e janeiro de 2013

sexta-feira, 1 de março de 2013

Faz bem saber

Algumas curiosidades/informações que você deveria saber e que envolvem o projeto TIMQUA:

  • O cérebro humano consome 25% do oxigênio que respiramos.
  • Um adulto respira aproximadamente 8 mil litros de ar a cada 24 horas e neste mesmo período de tempo cerca de 17 mil litros de sangue são purificados pelos seus pulmões.
  • 3 milhões de pessoas morrem, anualmente, devido aos efeitos da poluição atmosférica no mundo.
  • Os europeus passam 85% a 90% de seu tempo em ambientes fechados, os níveis de poluição em espaços interiores são duas vezes mais elevados do que no exterior, aumentando a incidência de alergias e asma.
  • O ozono é um poluente muito perigoso para a saúde quando se forma junto à superfície terrestre, mas na alta atmosfera (estratosfera) a camada de ozono protege a vida da Terra da ação dos raios UV, mantendo a temperatura média global de 15º C, necessária para a existência de vida na Terra.
  • Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação.

Feira Brasileira de Ciências e Engenharia - FEBRACE

   A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um movimento nacional de estímulo ao jovem cientista, que todo ano realiza na Universidade de São Paulo (USP) uma grande mostra de projetos. 
   A FEBRACE assume um importante pepel social incentivando a criatividade e a reflexão em estudantes da educação básica, através do desenvolvimento de projetos com fundamento científico, nas diferentes áreas das ciências e engenharia.
     E este ano o projeto "Tecnologias e Inovações para melhoramento da qualidade dos ambientes escolares - TIMQUA" estará presente na FEBRACE 11, após ter sido aprovado na seleção que ocorreu em dezembro de 2012, que abrangerá todo o período de 12 a 16 de março de 2013.

       


    Os projetos que participam da FEBRACE são avaliados por uma comissão que analisa todos os projetos finalistas e seleciona os que participarão da Intel ISEF (International Science and Engineering Fair), que é a Feira Internacional de Ciências e Engenharia realizada anualmente, em maio, nos EUA. Desde 1950 uma cidade estadounidense diferente hospeda a feira a cada ano. É a maior feira para estudantes que ainda não chegaram ao nível universitário. Participam do evento projetos de 50 nações diferentes de todo o mundo.


Mais informações sobre a FEBRACE acesse: http://febrace.org.br/

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sonoridade no ambiente escolar


     Atualmente, o ruído vem sendo considerado uma ameaça ao habitat humano, e a poluição sonora gera efeitos auditivos e ao organismo como um todo, prejudiciais a quem a ela se expõe, quer no ambiente de trabalho, quer na escola, quer no lazer, comprometendo, sobretudo, a qualidade de vida. O ruído afeta adversamente o bem-estar físico e mental das pessoas, sendo que, diariamente, milhares de cidadãos são expostos a ele. A poluição sonora afeta o ser humano em sua vivência no meio ambiente, pois como já foi constatado, a exposição a ruídos de intensidade suficientemente fortes pode resultar em uma perda de audição temporária ou permanente. E não apenas pelo ambiente ser barulhento que o fato seria incômodo, mas também porque se o ambiente escolar está com sua sonoridade comprometida, consequentemente, o professor terá que aumentar o seu tom de voz, para que todos o ouçam igualmente. E isso, muitas vezes, pode acarretar em complicações na saúde do professor.
Segundo a fonoaudióloga Márcia Soalheiro, citada em Magalhães (op. cit.), infelizmente, “os arquitetos dificilmente pensam no conforto ambiental quando desenham uma nova instituição de ensino, seja ela pública ou particular. O aprendizado acaba sendo prejudicado, já que nas escolas o nível médio de ruído chega a 57 decibéis em sala de aula”, (MAGALHÃES, op. cit.).  

Conceito de Ruído
    Segundo MENEZES e PAULINO, embora os técnicos apontem uma distinção entre “ruído” (mistura de sons) e “barulho” (qualquer som que incomoda), a representação social não faz qualquer distinção: denomina de “ruído” qualquer som incomodativo. O som é conceituado pelos especialistas como toda vibração percebida pelo aparelho auditivo humano.
    A música, o canto dos pássaros, a chuva, o tilintar do telefone e outros sons característicos, fazem parte da vida diária que a sociedade aceita, mas também existem sons desagradáveis e indesejáveis, que o homem interpreta como ruído. 

    De acordo com a Norma Brasileira NBR 7731/83 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a definição de ruído é “a mistura de sons cujas frequências não seguem nenhuma lei precisa e que se diferem entre si por valores imperceptíveis ao ouvido humano.” Já o som é definido como qualquer vibração ou conjunto de vibrações ou ondas mecânicas que podem ser ouvidas. “Diante dessas considerações percebe-se que todo ruído é um som ou um conjunto de sons.” (Ecolnews). A distinção entre som e ruído é de ordem subjetiva, variando de indivíduo para indivíduo, pois o que para um é considerado um agente perturbador, estressante, talvez para outro é sinônimo de prazer.
   Segundo Lida (1999), fisicamente, o ruído é uma mistura complexa de diversas vibrações,  sendo medido em uma escala logarítmica em uma unidade chamada de decibel (dB). É possível destacar três características principais: frequência, intensidade e duração.
  Frequência de um som é o número de vibrações por segundo,  e é expressa em hertz (Hz),  subjetivamente percebida como altura do som. A intensidade do som depende da energia das oscilações e é definida em termos de potência por unidade de área (W/m2). A duração do som é medida em segundos. 

Efeitos do ruído sobre o ser humano 

  Segundo MARTINS (apud CARNEIRO, 2004, p.4) “a nocividade do ruído está em função da sua duração, da sua repetição e, sobretudo da sua intensidade aferida em decibéis”. Assim os ruídos se classificam em:

§  Ruído contínuo - é aquele cujo nível de pressão sonora varia 3 decibéis (dB) durante um período longo (mais de 15 minutos) de observação;
§  Ruído intermitente - é aquele cujo nível de pressão sonora varia até 3 dB em períodos curtos (menor que 15 minutos e superior a 0,2 segundos).
§  Ruído impulsivo - A NBR 10.151, em seu item 3.2, apresenta a seguinte definição: “3.2 ruído com caráter impulsivo: Ruído que contém impulsos, que são picos de energia acústica com duração menor do que 1 s e que se repetem a intervalos maiores do que 1 s (por exemplo martelagens, bate-estacas, tiros e explosões).”

    Abaixo segue uma tabela relacionando os limites de tolerância (em dB’s) para ruído contínuo ou intermitente a que um indivíduo pode estar exposto, diariamente, sem haver prejuízo a sua saúde, conforme tabela:

Nível de Ruído DB (A)
Máxima Exposição Diária Permissível
85
8 horas
86
7 horas
87
6 horas
88
5 horas
89
4 horas e 30 minutos
90
4 horas
91
3 horas e 30 minutos
92
3 horas
93
2 horas e 40 minutos
94
2 horas e 15 minutos
95
2 horas
96
1 hora e 45 minutos
98
1 hora e 15 minutos
100
1 hora
102
45 minutos
104
35 minutos
105
30 minutos
106
25 minutos
108
20 minutos
110
15 minutos
112
10 minutos
114
8 minutos
115
7 minutos

    A norma NBR 10.151 - Jun/2000 (reedição) em seu item 1.1 fixa as condições de aceitabilidade (em decibéis e de acordo com o período diurno/noturno) do ruído em comunidades, independe da existência de reclamações, conforme a tabela que se segue: Nível de critério de avaliação (NCA) para ambientes externos, em dB(A).


Tipos de Área
Diurno
Noturno
Áreas de sítios e fazendas
40
35
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas
50
45
Área mista, predominantemente residencial
55
50
Área mista, com vocação comercial e administrativa
60
55
Área mista, com vocação recreacional
65
55
Área predominantemente industrial
70
60
 


  






E, especificando melhor a comunidade escolar, pode-se observar a seguinte tabela: 


Local
Decibéis
Escola

      Bibliotecas, Salas de música, Salas de desenho
35 - 45
      Salas de aula, Laboratórios
40 – 50
      Circulação
45 - 55

Notas: a) O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto que o valor superior significa o nível sonoro aceitável para a finalidade.

             b) Níveis superiores aos estabelecidos nesta tabela são considerados de desconforto, sem necessariamente implicar risco de dano à saúde.